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Tenha um jardim de pimentas

Por 7 de fevereiro de 2012 setembro 26th, 2019 Sem comentários

Da horta à decoração, as pimentas conferem um charme a qualquer ambiente. Saiba como colocar esse tempero especial em casa

Alessandro Guimarães, especial para o iG 

01/02/2012 06:52

A paisagista Anna Saraceni indica diversas variedades de pimentas para alegrar a casa

Após conquistarem a cozinha com seu sabor marcante e versatilidade nas receitas, as pimentas passaram a ocupar espaços de destaque também na decoração de casa. “O limite é a criatividade. Elas enfeitam e fazem bonito em canteiros, vasos ou jardins verticais”, enfatiza Valéria Côrrea, engenheira agrônoma do Primavera Garden Center.

Originárias das Américas, as pimentas do gênero Capsicum apresentam diversas cores – amarelo, laranja, roxo e verde – e são facilmente encontradas nas lojas especializadas e redes de varejo. “Entre as mais conhecidas estão a dedo-de-moça, malagueta e de cheiro. Mas há outras variações e novidades nas prateleiras, vale conferir”, diz a paisagista Anna Saraceni.

No verão o cultivo é favorecido. “Tratam-se de plantas que gostam de climas tropicais. Assim, em regiões mais frias, essa é a época ideal para o plantio”, conta Anna. Segundo o agricultor Marcelo Abumussi, da Fazenda Ituaú, esta é uma espécie que não produz no frio, somente nas estações mais quentes do ano.

Como plantar

Então, mãos à obra! O cultivo é simples e semelhante para todas as variedades – isso vale também para os pimentões. “O solo deve ser fértil, leve e bem drenado. É importante garantir o mínimo de seis horas de insolação diária, direta ou não”, ensina Anna.

A rega é outro ponto fundamental, pois a falta de água pode reduzir a produtividade. “De maneira geral, três vezes por semana é suficiente. Mas preste atenção na quantidade, pois o excesso também causa danos. Água demais pode facilitar a proliferação de doenças”, explica Valéria.

Depois de aprender como plantar é preciso definir o local. Para quem não dispõe de muito espaço, vasos são ideais. “Se forem muito pequenos, elas devem ser plantadas individualmente”, alerta Anna. Já em vasos maiores é possível criar combinações com espécies variadas. “Mescle diferentes cores e formas dos frutos. O resultado é sempre decorativo e agradável, seja qual for a combinação”, conta Valéria.

Se o cultivo for realizado diretamente no solo ou em canteiros espaçosos, deve-se observar a distância entre as plantas. “É preciso respeitar o espaço mínimo entre cada planta para que todas cresçam saudáveis”, ressalta.

Vale lembrar que ao plantar diferentes variedades no mesmo local existe a possibilidade de ocorrer a polinização cruzada. “Isso pode alterar as características dos frutos, cor e forma, por exemplo. Para ornamentação pode ser uma experiência interessante”, diz Abumussi.

Apesar de não serem tóxicos, os exemplares cultivados com a finalidade de ornamentação podem conter agrotóxicos. “Nesse caso, os frutos não devem ser consumidos”, alerta Valéria. Além disso, é preciso atenção e cuidado para determinar o local onde os exemplares serão colocados, principalmente quando há crianças em casa. O simples manejo pode causar irritação na pele, boca e olhos.

Escala da ardência

A escala Scoville foi criada pelo químico norte-americano Wilbur Scoville, em 1912, para medir o grau de ardência das diferentes espécies de pimenta. O estudioso desenvolveu uma forma de mensurar a quantidade de capsaicina (ingrediente ativo que causa o ardor, cuja pontuação, quando pura, é de 15.000.000 a 16.000.000) presente em cada exemplar.

Confira algumas espécies e seus respectivos graus de ardência.*

  • Bhut Jolkia – 1.001.304
  • Red Savina – 577.000
  • Habanero – 400.000
  • Scoth Bonnet – 400.000
  • Peter Pepper – 50.000
  • Malagueta – 30.000
  • Jalapeño – 15.000
  • Dedo-de-moça – 10.000
  • Poblano – 1.500
  • Pimentão – 0

*Fonte Fazenda Ituaú

Fonte: http://delas.ig.com.br/casa/jardinagem/tenha-um-jardim-de-pimentas/n1597608024857.html